sábado, 26 de fevereiro de 2011

DESAMPARADO?


Seu nome era João Batista, sua missão era anunciar ao povo que o Salvador viria. Seu sermão era conhecido: Preparai o caminho do Senhor, Endireitai as suas veredas.

Mesmo não sendo um dos mais populares da época, Deus lhe deu o privilégio de conhecê-lo mais de perto, de ver a Jesus,de batizalo, de ser seu amigo.

Acontece que conhecer Jesus não nos isenta das prisões da vida.

João Batista foi preso, e imagino que lá na prisão seus discípulos vinham lhe contar as maravilhas que aquele menino a quem havia batizado estava fazendo.

Imagine a fama que Jesus não acumulava a cada milagre feito.
E é claro que esta fama chegava até as grades que prendiam João Batista.

Cheguei a imaginar que em algum momento João pensou:

Mas se ele é mesmo o Cristo e pode operar tantos milagres porque ainda não veio me tirar dessa prisão?

Quando comecei pensar sobre a história de João Batista não foi difícil fazer analogia de suas dúvidas sobre O Mestre na prisão, pois quem de nós nunca teve dúvidas sobre o Amor de Deus quando estávamos nas prisões da vida?

Acredito que a resposta de Jesus a João teria sido:

“João, eu sou realmente o Cristo salvador da humanidade, aquele que você pregava que viria, mas não devo tira-lo daí, você precisa passar por isso.

Difícil de entender não é? Nenhum pai tem prazer no sofrimento de seu filho, muito menos Deus tem prazer em nosso sofrimento, mas em alguns momentos, vamos ouvir de Deus “ Eu não vou tira-lo daí agora”.

Se você lembrar até Cristo teve seus momentos de solidão em meio a luta.

Procure no capítulo 26 de Mateus e você encontrará Jesus dizendo: “Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice...”

Isso soa como : “Pai, mesmo sendo teu filho , estou aqui como humano, e este fardo é pesado de mais pra mim

Mais adiante podemos ouvir de Jesus uma oração parecida com a dúvida de João Batista na cadeia:”Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Mateus 27 v 46

Podemos concluir com isso querido que independente de sua naturalidade, classe social, ou quantidade de amigos, em algum momento você assim como Cristo e João Batista irá se sentir um pouco sozinho.

Isto é humano. Todo ser humanos em meio a adversidade tende a se esquecer , ou pelo menos duvidar, do tamanho do amor de Deus por nós.

Acontece que grandes histórias provém de grandes guinadas.

E pode ser que no meio do caminho a dor seja tamanha a ponto de te pedir para desistir, mas nesse momento lembre-se que Deus , mesmo em meio as lutas, nunca desejou soltar de sua mão.

Certo dia ouvi um pastor contar que, após ficar acordado até tarde com sua família, pediu para se retirar, pois precisaria acordar cedo no outro dia para cumprir uma tarefa.

Nesse momento, seu filho mais novo pediu para ir com ele.
O pastor permitiu , mas alertou que sairiam muito cedo e como já era madrugada, ele dormiria pouco.

Nesse momento o filho lhe disse “ Pai, amanhã de manhã pode ser que na hora que você me chamar eu diga que não quero ir, mas não acredite em mim, eu quero muito ir com você

Nos momentos em que passarmos pelas prisões da vida, muito provavelmente teremos vontade de dizer a Deus:
Pai, eu não quero mais”
“Deus, eu estou cansada”
“Senhor, é muito pesado pra mim”


Mas não se esqueça que o Senhor Deus é quem nos toma pela mão e nos diz: Não temas, eu te ajudo. Isaías 41 v 13

A história de João batista pode não ter terminado muito bem aos olhos humanos, mas para Deus João foi um de seus soldados mais valorosos, pois a bíblia nos diz que nunca ouve homem como João Batista.

Aos olhos de Deus , que são os olhos que enxergam muito além do que pedimos ou pensamos, nossa história tem sim muito valor.
Ele não nos prometeu vitória sem luta, mas nos garantiu a coroa da vida do outro lado da jornada.

Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” João 16 v 33